terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Os trabalhos em grupo - apreciação e aprendizagem


In http://1.bp.blogspot.com/
 Os trabalhos em grupo são uma excelente forma de colocar em acção aquilo que é a colaboração entre os indivíduos. Por definição um trabalho colaborativo implica uma dimensão de submissão, por um lado, de vontades e de liberdade, pessoal, por outro. O que quero dizer é que um trabalho em grupo implica adquirir a capacidade de conjugar a vontade individual com a dos outros o que nos leva a um esforço de identificação com os outros apesar da diferenciação de ideias ou perspectivas. Neste sentido qualquer trabalho em grupo é um trabalho que exige coordenação de esforços para um objectivo comum, o qual  se avalia tanto no percurso como no resultado, mas certamente que o percurso é bem mais longo e mais reconfortante quando a coordenação dos esforços se consegue de forma pacífica do que quando existem vontades muito pouco conjugadas que podem levar a um desconforto no processo de trabalho. Na disciplina de CAEL os grupos em que estive integrada foram sempre grupos de fácil conjugação de vontades; a liderança foi sempre partilhada e o percurso sempre um caminho reconfortante que 'se fez a andar'. O auxílio da tecnologia - nomeadamente dos instrumentos disponíveis na web 2.0 - neste tipo de actividade é efectivamente uma mais valia em vários sentidos: como 'tubo de comunicação' (num sentido não pejorativo); como facilitador em termos da coordenação de esforços e vontades; como forma assíncrona de comunicação (não necessitamos de estar no mesmo local ao mesmo tempo para que o trabalho se realize em grupo), o que nos leva à definição de Cooperative Freedom de M.F. Paulsen.

Nesta disciplina foram seguidas metodologias de trabalho de grupo diferenciadas dando-se sempre uma de duas possibilidades: ou a escolha da pessoa com quem se iria trabalhar ou a escolha de autor / artigo que se queria trabalhar e, a partir daí, a formação do grupo. Isto aconteceu porque houve essencialmente dois tipos de trabalhos de grupo: o grupo mais alargado (de 3 / 4 pessoas - que se reuniram de acordo com um tema) e o grupo mais restrito (pares: agrupados de livre e espontânea vontade). Devo dizer que nesta disciplina tanto num caso como no outro os trabalhos foram bem sucedidos; quando foi dada a possibilidade de 'escolha' do colega com quem se trabalhava (trabalho em pares) certamente que houve uma preocupação maior da parte das pessoas em encontrar alguém que mais os completasse (confesso que o meu par me complementou(a) bastante na medida em que tem uma perspectiva prática que completa a minha que é mais de carácter teórico); quando nos agrupámos em grupos mais alargados por vezes houve a passagem inicial de e-mails para a constituições dos grupos e, em outros casos apenas a indicação no fórum do tema e de quem o queria trabalhar (juntamente com a pessoa que inicalmente lançara a mensagem no fórum). Em qualquer dos casos o percurso dos grupos foi, na minha perspectiva e relativamente aos grupos em que estive inserida, bem sucedido e com resultados que me pareceram bastante consistentes.

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